Faz quatro meses, quase cinco, que cheguei à França e me matriculei na Université Paris-Diderot, a Paris 7. De lá para cá já foram muitíssimas emoções "living the dream" de estudar em Paris. Mas afinal, como é estudar numa universidade francesa? O que tem de bom e o que tem de ruim?
A matrícula. Para começar, já no dia da matrícula, dia 2 de setembro, eu levei um balde de água fria na cabeça ao chegar à faculdade. Toda aquela organização obsessiva, aquela atenção que o Campus France te dá, tudo aquilo cai por terra na França. Cheguei à Paris 7 no horário marcado e simplesmente não me pediram nenhum documento, nada de nada (tirando meu passaporte). Nada de diploma, histórico etc, como diziam no agendamento da matrícula. Fizeram perguntas sobre a minha formação e anotaram o que eu dizia. E se eu tivesse mentido?
Depois disso, ninguém sabe te informar mais nada sobre a sua formação. Eu fiquei andando feito barata tonta, tive que voltar lá mais duas vezes para conseguir alguma informação (incompleta) sobre o que fazer depois da matrícula. Numa dessas vezes eu voltei para casa sem sequer conseguir chegar ao setor de estudos psicanalíticos, porque o prédio Olympe de Gouges é um belo de um labirinto e nem as pessoas que trabalham lá sabem te explicar onde ficam as coisas. Depois de muito rodar, encontrei a funcionária responsável pelo Master 2 Recherche, que me "explicou" como as coisas funcionavam. Ela disse que não faríamos a inscrição pedagógica - fase 2 - (a que eu tinha feito havia sido a administrativa - fase 1 - ), pois ela mesma nos inscreveria nas disciplinas, e que eu tinha que somente me informar sobre a aula de língua estrangeira, sem me dizer que esta só seria obrigatória no 2º semestre. Corri atrás feito louca, dando cabeçadas por todo lado, e consegui me inscrever na aula de Francês Língua Estrangeira, depois de fazer um teste online para definir meu nível.
A Paris 7 e o belo jardim onde os alunos adoram ficar - quando tem sol-. Foto: Vanessa Santos |