Abrindo uma conta em banco francês


Abrir uma conta no banco em Paris, assim como alugar o apartamento, era uma coisa que me deixava de cabelo em pé. Tudo que eu lia sobre o assunto fazia essa tarefa parecer das mais difíceis. Porém, da mesma forma que alugar o apartamento não foi difícil, abrir a conta também não foi.

Quando cheguei em Paris, tinha pensado até em não abrir a conta, por uma série de motivos, mas no dia seguinte mesmo, quando fiz a inscrição na faculdade, aderi à assurance maladie da LMDE e me mandaram falar com a moça na mesa da LMDE no prédio ao lado, eu descobri que teria que abrir a conta, querendo ou não. Isso porque a moça me explicou que, para poder receber o reembolso dos meus gastos com médicos e medicamentos, isto é, os benefícios da sécurité sociale, eu teria que anexar ao meu dossiê um RIB (Relevé d'identité bancaire), um documento com todas as minhas coordenadas bancárias. Este documento, que é bem simples, é fornecido pelo próprio banco, e é muito comum nos bancos europeus, pelo que me parece. Nele, tem nome do banco, número da conta, código BIC, IBAN, todas essas coisas necessárias para que uma pessoa de qualquer lugar do mundo pudesse enviar dinheiro para aquela conta. Eu não sei se teria como usar uma conta brasileira para este fim, mas para evitar a fadiga de descobrir, preferi abrir uma conta francesa mesmo, até porque teria que pagar o aluguel, receber meu salário quando tivesse um emprego, entre outras coisas.
Logo do Banque Populaire Rives de Paris, meu banco na França.

Pois bem. Ali mesmo, a moça da LMDE me mandou para a mesa ao lado (tudo friamente calculado), onde estavam os representantes do Banque Populaire Rives de Paris vendendo seu peixe, e eu fui me deixando levar pela onda. A moça do banco me deu uma ficha para preencher com os meus dados e o local de preferência para a minha agência. Com aquela ficha em mãos, uma pessoa da agência me ligaria e marcaria um rendez-vous, para o qual eu deveria levar os documentos necessários.